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sexta-feira, 9 de julho de 2010

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Vinte anos sem Cazuza

Wladmir Paulimo

Do JC Online
Difícil encontrar na música brasileira um letrista com tanto fôlego depois da Tropicália
Difícil encontrar na música brasileira um letrista com tanto fôlego depois da Tropicália

A definição de bardo nos diz que os tais eram encarregados de transmitir a história de seus povos em poemas citados, simultaneamente músico e poeta. Dentro deste conceito, Cazuza é facilmente incluído nesta lista. Sua obra é pequena, porém fundamental e ainda faz falta desde que ele deixou o planeta num 7 de julho, há 20 anos. Difícil encontrar na música brasileira um letrista com tanto fôlego depois da Tropicália.

A música sempre esteve presente na vida do cantor, filho único de Lúcia e João Araújo e chamado Agenor de Miranda Araújo Neto na certidão de nascimento. A mãe chegou a gravar uma música "Peito Vazio", de Cartola, para a trilha sonora de uma novela. Mais tarde, o pai fundou e dirige até hoje a gravadora Som Livre. Mesmo assim, o filho demoraria um pouco para ingressar de vez na carreira. Durante a adolescência e início da vida adulta tentou de tudo: fotografia, arquitetura, comunicação... Sua casa era ponto de encontro de Caetano, Gil, Novos Baianos e tantos outros monstros da MPB.

A única coisa que o prendia eram os livros. Na época, quando a ditadura militar dava seus derradeiros passos, autores "malditos" das três décadas anteriores começavam a chegar ao Brasil: Jack Kerouac, Allen Ginsberg (e os demais beats), Henry Miller. Eles o influenciaram profundamente, tanto no comportamento quando no caminho artístico que resolveu seguir.

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A primeira investida foi como ator, no grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone. Numa apresentação, em que o filme A Noviça Rebelde era satirizado, cantou pela primeira vez e encantou a mãe, que estava na plateia. Pouco depois disso, Leo Jaime foi convidado por uma banda chamada Barão Vermelho. Ao ver o som pesado dos garotos, disse que tinha um amigo que gostava de gritar, Janis Joplin e o rock dos anos 60. Ele atendia pelo nome de Cazuza.

Poucas semanas depois, Cazuza iria a um ensaio do grupo, no bairro do Rio Comprido. A empatia foi imediata, principalmente com o guitarrista Roberto Frejat, com quem formaria uma das mais entrosadas duplas de compositores do rock nacional. Completavam o Barão: Dé Palmeira (baixo), Maurício Barros (teclados) e Guto Goffi (bateria).

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